O Articulador de Educação
Tecnológica, Armando Pereira Lopes e a professora de matemática, Maria Madalena
Jesus, desenvolveram com muito sucesso, na Escola Municipal de Tempo Integral
Professora Iracema Pereira da Paixão, o projeto Educação em jogo: A batalha dos
números, com os alunos do 4º e 5º ano.
O
projeto surgiu a partir de observações, durante as aulas de matemática no
laboratório, das dificuldades de muitos alunos em ultrapassar etapas de jogos
quando precisava usar cálculos com multiplicação. Professora e
articulador dialogaram e surgiu a idéia de fazer uma competição para que o
aluno pudesse, de uma forma mais desafiadora e prazerosa, desenvolver
habilidade de cálculo mental envolvendo multiplicação e também a adição.
Para
vencer as dificuldades observadas, durante os meses de agosto e setembro, a
professora intensificou em sala o trabalho com material dourado, com a tabuada
(reforçando a compreensão do significado da multiplicação) e foi buscar na
internet estratégias de cálculos. No laboratório, o articulador dava
continuidade com situações problemas através de jogos que trabalhavam as dificuldades observadas, buscando de forma
lúdica desenvolver nos alunos uma maior interação com a disciplina e instigar
nos mesmos o prazer em aprender.
Durante
o projeto foram feitas adaptações que atendessem os objetivos pretendidos. Começaram a trabalhar com a matemática, mas no
decorrer do projeto foram desenvolvendo naturalmente outras habilidades, como o
espírito de grupo, linguagem oral em público, o respeito e atenção às regras.
Para
valorizar a participação de todos os alunos, dividiram as salas em grupos de 4,
formados com alunos que apresentavam mais dificuldades e alunos mais avançados.
Em cada equipe tinha um líder, tendo a responsabilidade de estimular o grupo a
estudar, pois cada um tinha seu valor
para o bom resultado da equipe. As batalhas aconteceram na sala de aula e eram
pontuadas cada partida, até ficar os
grupos com maior pontuação para a final.
Para
as disputas entre as equipes foi
utilizado o jogo de multiplicação da smart kids, onde
acontece o sorteio aleatório das operações e são apresentadas 4 sugestões de
respostas. Usaram a estratégia de 2 rodadas.
No caso de empate cada líder é quem escolhia o adversário da outra
equipe para responder na última rodada, com isso todos tinham que estudar, pois
não sabiam quem seria o escolhido.
Para
encerramento do projeto reuniram no auditório da escola todas as salas e para abrilhantar mais o evento, o professor de música fez uma
bela apresentação e teve homenagem aos
professores. A disputa final foi com uma equipe do 4o ano e outra do
5o ano, sendo a vencedora a do 4º ano. Foram apresentadas paródias criadas pela professora de
matemática e alunos, envolvendo todo o processo do projeto.
A
fala da professora e do articulador mostra o quanto foi significativo esse
projeto:
“O interessante é que
alguns alunos que sentiam dificuldade ficavam tímidos e os colegas diziam: - Vai! É assim mesmo! Nós
estamos aqui é para aprender. Perceberam que a gente também aprende através do
erro. Ninguém sabe tudo.” (professora
Maria Madalena Jesus).
“Deu muito certo, vamos
ver se no próximo ano expandimos para o
português. O resultado foi muito bom porque não só conseguiu vencer as
dificuldades em relação à disciplina de matemática, mas despertar o espírito de
liderança, saber perder, saber conviver. Viram que sozinhos não são ninguém.Hoje
os alunos vão para o laboratório jogar os jogos de matemática, mesmo tendo a
oportunidade de fazer outras escolhas.” (articulador Armando)
O
projeto oportunizou o envolvimento de todos,
instigando a participação, interesse e o estudo, destacando a relevância dos jogos para o
desenvolvimento social, cognitivo, cultural e afetivo dos sujeitos.
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